Ainda que o sistema digestório não possa ser capaz de aniquilar a goma de mascar, isso não significa que ela vai ficar eternamente dentro de você. Para você entender um pouquinho melhor o caminho percorrido pelo chiclete da boca ao vaso sanitário, é preciso relembrar de algumas etapas fundamentais desse processo.
1º parte: a mastigação
É na boca que o processo digestório começa. Seus dentes e sua língua têm a função de reduzir os alimentos a pedaços pequenininhos. Só que no caso dos chicletes esse processo é muito mais lento, já que eles são feitos de borracha butílica (usada também em pneus ou bolas de basquete), que dá a consistência ideal ao doce. Por isso, ao engoli-lo, o chiclete entra praticamente intacto no seu estômago.
2ª parte: as enzimas
Ainda na mastigação, as enzimas da saliva começam a preparar os nutrientes a serem absorvidos pelo corpo. Depois, músculos empurram essa massa pela garganta até o estômago. Nele, outras enzimas e o suco gástrico entram em ação para transformar o que você comeu em algo bom para seu corpo. A parte doce do chiclete já foi quebrada ainda pelas enzimas bucais, mas a borracha mesmo passou incólume à essa ameça.
3ª parte: os ácidos
A última etapa é feita pelos ácidos do estômago e do intestino, que têm a função de retirar o máximo de proveito daquilo que você comeu. Eles quebram os hidratos de carbono, óleos e alcoóis. Até este momento, porém, o chiclete ainda mantém boa parte de suas características.
Mas fique tranquilo, apesar de os ácidos e as enzimas não serem capazes de dissolver a borracha, o mesmo acontece com outras coisas que você engole, como a maioria das sementes. Porém, nem o chiclete mais grudento é imune aos movimentos peristálticos do intestino: o que sobrou da goma de mascar irá se juntar ao resto que não foi aproveitado pelo corpo e será descartado na privada.
Moral da história: a ameaça de que o chiclete ficaria durante anos em seu corpo não passava de uma tentativa de seus pais para você ter uma alimentação mais saudável.
Fonte: BUSINESS INSIDER