HD SSD

A empresa taiwanesa PQI anunciou o lançamento de um Solid State Drive (SSD) com capacidade de 256 GB.

Esses drives substituirão no futuro os atuais HDs. Esses SSDs (esse termo vem se firmando no mercado, mas há ainda referências a flash memory HD, e SS HDs, entre outros) são similares aos utilizados, por exemplo, para armazenar fotos em câmeras digitais. Apresentam grandes vantagens em relação aos HDs convencionais: consomem menos energia, são muito mais rápidos, são menos sensíveis aos choques, etc.

O maior problema para maior disseminação da tecnologia é ainda o custo. A Sony recentemente anunciou uma máquina com SSD HD de 32 GB, com um aumento de aproximadamente US$ 500 no preço; nenhuma outra empresa anunciou, por enquanto, uma máquina em que todo o armazenamento seja feito em SSD HD.

Além da popularização dos pendrives e cartões, a queda no preço da memória Flash possibilitou o surgimento dos primeiros SSDs ou “Solid State Disks” (discos de estado sólido) de grande capacidade. Um SSD é um “HD” que utiliza chips de memória Flash no lugar de discos magnéticos. Eles são projetados para substituírem diretamente o HD, sendo conectados a uma porta SATA ou IDE.

Embora as taxas de transferência (na maioria dos modelos) seja comparável à de um HD modesto, os SSDs oferecem tempos de acesso extremamente baixos, o que melhora o desempenho consideravelmente em uma grande gama de aplicativos e reduz bastante o tempo de boot. Os SSDs oferecem também a vantagem de consumirem muito menos eletricidade, serem mais resistentes mecanicamente (por não possuírem partes móveis), além de serem completamente silenciosos.

Um dos motivos era que não existia no mercado empresa que produzisse um SSD de alta capacidade, comparável àquela já encontrada nos notebooks do mercado. Com o lançamento de um dispositivo para 256 GB, a PQI dá certamente um passo para mudança nesse panorama.

Em compensação, eles possuem uma desvantagem fatal, que é a questão do custo. Em maio de 2007, um SSD de 32 GB da Ridata (um dos modelos mais acessíveis) custava US$ 475, isso se comprado em quantidade, diretamente do fabricante. Naturalmente, os preços devem cair com a passagem do tempo, mas isso será um processo gradual, acompanhando a queda no custo por megabyte da memória Flash.

Devido à grande diferença de preço, os SSDs ficarão de início restritos aos notebooks ultraportáteis, onde suas vantagens são melhor aproveitadas. Conforme o custo da memória Flash for caindo, é possível que eles passem a concorrer com os discos magnéticos em outras áreas, mas isso ainda demorará algum tempo.

O termo SSD é aplicável também aos cartões de memória Flash e outros dispositivos de armazenamento que não possuem partes móveis. Ao contrário de um HD, eles possuem uma grande resistência a danos mecânicos, você pode chaqualhar seu MP3 player o quanto quiser e o cartão de memória não vai apresentar bad-blocks ou qualquer outra coisa parecida. Estamos falando de um chip e não de um disco magnético com uma cabeça de leitura flutuando a poucos mícrons de distância. Além da memória Flash existem outras possibilidades, como usar memória RAM ou memória SRAM como fazem muitos PDAs e outros dispositivos. A desvantagem neste caso é que os dados são perdidos quando você retira as baterias do aparelho. Existem vários formatos de cartões de memória Flash, como os Compact Flash, MMC e Memory Stick com capacidades variando de 2 ou 4 MB a até 1 ou 2 Gigabytes. A taxa de transferência não é muito alta, geralmente vai de 800 KB/s a 4 MB/s, dependendo da marca e capacidade. Embora o custo por megabyte seja muito maior que o de um HD, os cartões são muito menores e consomem muito menos energia o que os torna as únicas opções para PDAs, celulares e outros dispositivos pequenos demais para acomodar um HD. Existem ainda adaptadores que permitem ligar um cartão Compact Flash numa das portas IDE do micro, permitindo usa-los no lugar do HD. Existem algumas áreas onde esta possibilidade é muito bem vinda, como nos Embedded Systems e terminais leves. Se você só precisa de 50 MB para rodar seu sistema, por que gastar num HD de 20 GB que consumirá mais energia, fará mais barulho e será menos confiável? O Windows está fora de questão, mas é possível fazer uma instalação enxuta do Linux, com apenas os programas necessários em espaços bastante reduzidos.

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