Existem diferentes tipos de chicletes: desde aqueles que você apenas masca até aqueles mais propensos a fazer grandes bolas. A goma de mascar, por exemplo, pode ser feita de componentes vegetais – tanto que os gregos antigos e os maias mastigavam algumas plantinhas para refrescar o hálito.
O chiclete, quase como o conhecemos hoje, começou a circular em meados dos anos 1800. Ele vinha embalado e era usado para duas finalidades: adoçar a boca, em um processo gradual e lento, e também limpar os dentes. Cada tipo específico é feito de uma maneira diferente, apesar de que, hoje em dia, é bem incomum vermos pessoas trocando a escovação por um chiclete, não é?
A partir de 1906, o chiclete começou a ficar mais recreativo, e as pessoas passaram a fazer bolas com eles. Só que sua fabricação ainda não era perfeita, e muita gente não gostou da novidade. Ele só se tornou popular, inicialmente entre os adolescentes, com o aprimoramento dos sabores e da consistência.
Substituto da borracha?
Há indícios de que nossos antepassados já mascavam casca de bétula há mais de 9 mil anos, como forma de aliviar a dor de dente. Os maias mascavam o “chicle”, que era extraído da sapoti, como forma de matar a sede e disfarçar a fome. Essas duas árvores formam os primórdios da história da goma de mascar.
Em 1840, o norte-americano John Curtis desenvolveu o primeiro “chiclete” artesanal: ele fervia a resina da árvore abeto, cortava-a em tiras e aplicava uma camada de amido para elas não grudarem. Entretanto, a resina não tinha um gosto muito agradável e era bastante frágil ao ser colocada na boca.
Anos depois, Thomas Adams, de Nova York, formou uma parceria com o então exilado presidente mexicano Antonio López de Santa Anna para substituir a borracha pelo chiclete. O presidente exilado pretendia criar algo muito inovador para poder voltar ao seu país; porém, os experimentos não deram muito certo…
Variedade de sabores
Adams, então, percebeu que era inútil criar um produto para substituir a borracha e viu que estava indo para um caminho muito mais alimentício, podendo tomar o lugar da goma de mascar feita de resina. O produto funcionou dessa forma, tanto que inúmeros outros produtores começaram a se apropriar da ideia – isso já no começo dos anos 1900.
No século 20, muitas pessoas fizeram fortuna através do chiclete. Uma delas foi William Wrigley Jr., um vendedor de sabão que começou a distribuir chicletes como brinde até que se deu conta de que estava com uma mina de ouro nas mãos e criou seus próprios sabores. Para promover as novidades, ele enviava malas-diretas para a casa de milhões de norte-americanos, que logo se viciaram no produto.
Hoje em dia, a variedade de sabores e formatos dos chicletes é gigantesca. Eles existem tanto para fins recreativos quanto medicinais – basta nos lembrarmos dos chicletes de nicotina para quem está tentando largar o cigarro.