Cinco dicas sobre como entender melhor os bebês

O que realmente sabemos sobre bebês? Salvo as mamães e especialistas em cuidar de crianças, como pediatras, professores e outros profissionais, pouca gente conhece o universo infantil mais a fundo.

Assim que pensa que a vida dos pais é tranqüila, está enganado: não é nada fácil. Mas aí vão cinco dicas para você se entender melhor com os pequenos:

  • Bebês precisam aprender a dormir

Enquanto nós, adultos, precisamos em média de 8 horas de sono, os bebês até 3 meses precisam simplesmente do dobro, ou seja, 16 horas. Mas, diferentemente do que a gente pensa, o sono para eles vai e vem toda hora. O que acontece é que 90% dos bebês não nascem sabendo dormir direito. Então cabe aos pais acostumá-los a dormir sem interrupções.

Uma boa dica é criar um ritual, como tomar um banho morno ou contar historinhas até o sono chegar. Conselho: não adianta ninar no colo, deixar a luz acesa e fazer o bebê dormir mamando. Mas, ainda assim, seguindo os conselhos de especialistas, você deve saber que alguns bebês podem levar até 3 anos para dormir uma noite inteira.

  • Bebês não sabem diferenciar hoje de ontem ou de amanhã

Apesar de reconhecerem rostos, vozes e sons, eles levam muitos meses para ter noção de espaço e o identificarem. Isto se deve às regiões do cérebro responsáveis por estas habilidades que ainda estão amadurecendo. A noção de tempo começa a ficar mais clara entre os 4 e 12 meses de idade. Somente nesta fase é que o bebê começa a produzir melatonina, o “hormônio do sono”. Uma dica para os pais que querem ajudar os filhos a notarem a diferença entre os períodos do dia e da noite é manter as cortinas abertas enquanto houver a claridade do dia e apagar as luzes durante a noite.

  • Bebês já nascem predispostos a aprender física ou tocar piano

Antigamente, acreditava-se que todos nós éramos como uma folha em branco contato com outras línguas desde cedo. Esse incentivo pode ser primordial para criar um adulto que possa vir a dominar vários idiomas

  • Mamadeira nem sempre é pior do que leite materno

Aprendemos desde cedo que nada substitui o aleitamento materno. Sim, isto é verdade, mas existem as exceções: nem toda mulher pode amamentar. E algumas (as que tomam remédios periodicamente), podem passá-lo pelo leite e vir a prejudicar o bebê. Existem no mercado leites em pó que imitam bem a composição nutricional do leite materno. E são alimentos perfeitamente saudáveis.

  • Birra tem razões neurológicas e tem cura

Quem já não viu, por exemplo, uma criança fazendo birra na rua, no mercado ou num shopping? Qual foi a sua reação imediata? Achar que a birra da criança é culpa da mãe que não sabe impor limites e não educa direito? Só que não é bem assim.

O neocórtex, uma parte do cérebro responsável por capacidades como reflexão, planejamento, imaginação, pensamento analítico e solução de problemas, ainda não está completamente formado nos bebês. O que acontece é que nos primeiros anos de vida, faltam conexões entre os neurônios que existem lá. Assim conclui-se que se a criança é minimamente contrariada, já é motivo para ela se jogar no chão e esmurrar o piso.

Mas tudo é questão de paciência e saber lidar com o problema que pode atingir aquela desconhecida na rua com o filho dela, assim como você mesmo com o seu filho ou uma criança próxima a você: ajude-a a ser mais racional.

E para tal, é necessário ser carinhoso, em primeiro lugar. Com calma todos conseguirão impor limites às chamadas “crianças birrentas”.

Fonte: Revista Super Interessante

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